Seduc aplica teste do EJA para jovens da Fazenda da Paz

A secretaria de Educação do Estado (SEDUC) aplicou nesta quinta-feira (30) o teste diagnóstico para acesso ao programa de Educação de Jovens e Adultos - EJA, destinado aos jovens que residem na comunidade Terapêutica, Luz e Vida, da Fazenda da Paz.

Com a realização do exame, a Seduc poderá avaliar a escolaridade de cada um dos jovens para que eles possam participar do programa. As aulas serão ministradas na comunidade por professores da rede estadual de ensino. Essa é mais uma etapa para que os acolhidos possam se capacitar para fazer o ENEM.

Segundo a diretora do EJA na Seduc, Conceição Andrade, quando os jovens entram na comunidade não possuem documentação escolar, então é necessário realizar uma avaliação diagnóstica para saber em qual ano ele pode se matricular. "A aplicação dos testes é para medir o conhecimento do aluno", comenta.

Para a coordenadora de Projetos da Fazenda da Paz, Diana Pacífico, a maioria está empenhada em obter um bom resultado no teste. "Temos acolhidos que, mesmo depois da dependência química, demonstram potencial para os estudos e buscam apenas uma chance e essa chance estamos oferecendo e acompanhando", explicou a coordenadora.

"Eu já via a Fazenda da Paz como um passaporte para mudar meu jeito de ser e este teste é uma chance a mais que tenho de lutar por um curso que possa melhorar meu futuro e da minha família", diz Rubens de Paula, jovem acolhido da Fazenda da Paz.

Nesta semana, os técnicos da Seduc aplicaram testes com 107 acolhidos da comunidade terapêutica Terra da Esperança, em Timon.

EJA

Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma modalidade de ensino, que perpassa todos os níveis da Educação Básica do país. Essa modalidade é destinada a jovens e adultos que não deram continuidade em seus estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino Fundamental e/ou Médio na idade apropriada. A Educação de Jovens e Adultos (EJA), novo nome do antigo supletivo, quer garantir que os recém-alfabetizados não voltem a ser analfabetos. São pessoas que, geralmente, fracassaram no sistema escolar, já com histórias de vida, com conhecimentos próprios e que têm pressa para aprender.