Mulheres indígenas e da periferia de Teresina se unem para transformar a vida com curso de salgados promovido pela Seduc

Trinta mulheres de diferentes origens, entre elas, indígenas Warao e Guajajara, estão mudando a própria história no Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Oka Ka Inaminanoko, em Teresina. Elas participam de um curso gratuito de salgadeira promovido pela Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc-PI), em parceria com o Ministério da Educação, por meio do programa Mulheres Mil.


A formação, que será concluída em agosto, oferece mais do que uma nova profissão, representa a chance real de autonomia financeira para mães solo, migrantes e mulheres em situação de vulnerabilidade. Entre as alunas, estão 15 indígenas e 15 moradoras do entorno da escola, no bairro Bela Vista.

Salvina Sousa Ferreira, da etnia Guajajara, viu no curso uma maneira de expandir o que já fazia em casa. “Eu já sabia fazer pão, mas nunca tinha aprendido outros salgados. Agora, posso vender mais coisas e levar esse conhecimento para minha comunidade”, diz.


Outra aluna, Patrícia Maria de Carvalho, mãe solo, sonha em viver da própria renda. “Quando soube do curso, não pensei duas vezes. Quero começar vendendo por encomenda e, no futuro, abrir meu próprio negócio. É uma chance de dar uma vida melhor para meu filho”, afirma.

Além de Teresina, o Mulheres Mil já alcançou outras 13 cidades piauienses. Em 2025, mais de 480 mulheres serão beneficiadas com formações em áreas como biojoias, maquiagem, hortas orgânicas e panificação. Os cursos são voltados a comunidades urbanas, rurais, indígenas e tradicionais, com foco na geração de renda e no fortalecimento do protagonismo feminino.


Para o Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, o programa reforça o compromisso do Governador Rafael Fonteles com uma Educação que gera impacto real na vida das pessoas. “Ao oferecer qualificação profissional com foco no empreendedorismo feminino, estamos ampliando oportunidades, fortalecendo a autonomia econômica das mulheres e contribuindo diretamente para o desenvolvimento das famílias e das comunidades. É a Educação como instrumento de transformação social e de superação das desigualdades”, afirma.