Estudantes terão estudos flexíveis em salas de aula no Hospital Infantil Lucídio Portela

Para possibilitar o atendimento educacional às crianças e adolescentes internados para tratamento de saúde em regime hospitalar, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), montou salas para atendimento pedagógico dentro do Hospital Infantil Lucídio Portela (Hilp), localizado no Centro/Sul de Teresina.


Em 2021, o governador Wellington Dias realizou a entrega das obras de reforma, ampliação e modernização do Hilp, que contemplou em sua nova estrutura duas salas de aula, sendo uma brinquedoteca. A implantação de salas de aula no ambiente hospitalar permite que crianças tenham acesso à educação durante o período da internação.

Aos estudantes em situação de internação, através desse atendimento pedagógico, poderá ser concedido a continuação do seu processo de ensino e aprendizagem, que deverá ser vinculado à sua escola de origem. 


Dessa forma o escolar enquanto permanecer internado nas dependências hospitalares, deverá ser acompanhado pelas professoras do Serviço de Escolarização Hospitalar e Domiciliar do Estado do Piauí (SEHDEPI), sendo este serviço disponibilizado no hospital em parceria com a Seduc-PI e  ligado à Gerência de Educação Especial da Unidade de Ensino Aprendizagem para o atendimento pedagógico direcionado aos alunos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.


Formação de professores

O Hospital São Marcos (HSM) será responsável pelo cronograma de capacitação técnica dos profissionais que atuam no programa SEHDEPI, seguindo acordo de cooperação com a Seduc.

Após a formação, os professores, selecionados durante processo seletivo interno da rede estadual, estarão aptos a iniciar as atividades junto ao projeto pedagógico da escola em que o paciente está matriculado e, em seguida, adequar as aulas para que o currículo em andamento seja garantido ao estudante, como informa Carlos Alberto, Superintendente de Ensino da Seduc.

"O objetivo da formação é oportunizar aos profissionais da Educação e da Saúde a apropriação dos saberes teóricos e metodológicos no âmbito da Escolarização Hospitalar, especialmente para trabalhar com crianças e adolescentes em situação de adoecimento crônico. O programa busca apoiar o aluno que está vinculado à rede pública de estado ou municipal no atendimento, auxiliando a manter o vínculo e progressão estudantil", disse.


Segundo a coordenadora do Serviço de Escolarização Hospitalar, Ivoneide Amorim, para identificar a real necessidade de aprendizagem dos estudantes é realizado um levantamento de dados por meio de instrumentais e de atividades de nivelamento. Em seguida, as professoras, de posse dessas informações, iniciam os seus planejamentos, com desenvolvimento das atividades, bem como a disponibilização do material didático adequado.

"No primeiro contato, o professor deve preencher uma ficha de cadastro, e a partir do levantamento de dados é que iremos saber a realidade escolar de cada um deles/as. Os professores ao desenvolverem o processo de ensino e aprendizagem no hospital consideram o estado de saúde de cada estudante. Neste aspecto, o atendimento pedagógico deverá ser flexível e adaptado à realidade deste", declarou a coordenadora.