Cursos FIC Profissionalizantes continuam acontecendo em Unidades Prisionais do Piauí

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) estão ofertando cursos profissionalizantes da Formação Inicial Continuada  (FIC) do Programa Novos Caminhos/Prisional nas Unidades Prisionais do Piauí.


Os cursos ofertados possuem uma carga horária de até 200 hora/aula, qualificando cerca de 110  reeducandos. A atividade vem acontecendo por meio de aulas presenciais e com cumprimento de todas medidas de vigilância sanitária.

Nesta semana as equipes da Seduc, Sejus e Banco do Brasil realizaram uma visita de monitoramento, como também a entrega de cartões da bolsa benefício para os reeducandos dos cursos, na penitenciária Agrícola Major César Oliveira em Altos  e na penitenciária  Regional Irmão Guido em Teresina. "O curso vem ampliando meus conhecimentos, porque já sou da área de empreendedorismo e com a realização do curso de Microempreendedor Individual,  estou conseguindo me especializar no assunto", afirmou o reeducando  da Penitenciária  Agrícola  Major César de Oliveira. 


Para o Diretor da penitenciária Agrícola Major César de Oliveira, Reginaldo Torres  de Sousa, a função do sistema prisional não é apenas punir, mas sim promover a ressocialização. "A efetivação desses cursos   é  o primeiro passo e, além disso, promove a remição de pena, no qual a cada 12 horas de aula assistida, o reeducando tem um dia da pena reduzida. A ressocialização se faz com educação, com o trabalho e com dignidade, e com essas parcerias estamos atingindo nosso objetivo", afirmou.


Na Penitenciária Regional Irmão Guido, o curso  ofertado é de vendedor. O reeducando Tauvick Marcelo, afirmou que a realização do curso fez com que ele ampliasse suas expectativas de trabalho após o cumprimento de sua pena.  Já para o reeducando Marcos Antonio Sousa, as aulas são muito importantes para ele, porque agora consegue ter mais uma atividade dentro da Unidade. Para os agentes do Banco do Brasil, Tatiana Matos e Carlos Brandão, essa parceria com o Governo do Estado, por meio da Seduc e Sejus, funciona como um processo de inclusão, no qual propicia um maior acesso à bancarização  junto às pessoas privadas de liberdade.

A coordenadora dos Cursos Profissionalizantes da Secretaria de Justiça, Alessandra Cordeiro, ressalta que os cursos proporcionam uma maior oportunidade no mundo do trabalho, considerando que  a inserção do reeducando  é muito difícil após cumprir pena,  tendo  que recomeçar a vida fora da Unidade Prisional.