GRE cria Cuidando de Mim, uma roda de conversa on-line




O bate papo é sobre saúde emocional e mental, estratégias de autocuidado e onde procurar ajuda, tudo dentro da realidade atual e destacando as subjetividades e realidades diferentes em seus contextos, observados depois do início da Pandemia do Coronavírus, o que fez a 20ª Gerência Regional de Educação - GRE de Teresina criar o Projeto "Cuidando de Mim", uma roda de conversa on-line entre alunos da Educação de Jovens e Adultos - EJA e a equipe multidisciplinar da GRE. 


"Foi uma forma de tentar estar mais próximos dos alunos e da comunidade escolar, já que não podíamos ter o contato presencial inicialmente. Por meio de uma plataforma on-line, a roda de conversa foi a metodologia utilizada, que esse ano foi atualizada para dar continuidade ao projeto, contemplando todas as escolas jurisdicionadas à 20 GRE", disse a gerente Luiza Vieira.


Inicialmente é agendado um momento com os alunos, no período de uma hora, no qual a equipe multidisciplinar bate papo com os estudantes, para que eles façam relatos sobre suas vidas. O agendamento é feito pelas escolas, de acordo com seus respectivos turnos e turmas. O encontro é feito por meio do aplicativo google meet e a escola encaminha o link para os alunos.


"Nós tratamos sobre a saúde mental, o autocuidado, e ainda sobre como identificar quando estiverem precisando de ajuda profissional, por meio de vários sintomas, como a questão da desmotivação, do momento de estarem assistindo as aulas remotas e é tratado, também, sobre temas relacionados às políticas assistenciais durante o período pandêmico, a violência doméstica e a violência contra crianças e adolescentes", explica a Assistente Social, Lavina Resende.


No projeto é levado em consideração cada particularidade das escolas, idade e se os discentes conseguem ter acesso e/ou tem familiaridade com a plataforma. Não possuindo, a equipe se organiza para produzir material escrito ou em vídeo para que seja enviado aos seus discentes e assim também sejam incluídos na roda de conversa.


Para uma das psicólogas que acompanha o projeto, Hanna Sousa, é um momento que os alunos podem se sentir confortáveis para alguma fala, desabafo, pedido de orientação, escuta ou procurá-los posteriormente. "Prezando pelo sigilo e também para que se sintam mais à vontade, esse momento ocorre apenas entre os discentes e a equipe. Informamos também as redes de assistência em caso de violências de gênero, criança e adolescentes, acesso também a projetos e ONGs que trabalham com prevenção e posvenção ao suicídio e todo esse material informativo", disse a profissional que desempenha a atividade em parceria com a também psicóloga, Bianca Amaral. 


Após esse momento do encontro, o que é absorvido na conversa é enviado para a coordenação para que tenham em mãos os endereços e telefones desses locais onde os alunos podem procurar ajuda profissional.


Com o trabalho, a equipe consegue acessar um número maior de alunos, dando suporte emocional e também informativo, ajudando com que saibam tratar dos sentimentos manifestados por eles, com todo suporte do grupo e todas as estratégias utilizadas, promovendo a eles autonomia própria, ocasionando um melhor desempenho na sua rotina, consequentemente na escola, diminuindo, inclusive, a evasão escolar.


"É imprescindível, no momento que vivenciamos, sabermos lidar com nossas emoções, aprender a dar vazão a elas de maneira saudável, aprender como podemos promover esse bem estar e reconhecer quando for necessário ajuda profissional", disse Hanna.