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Professores do interior realizam aula on-line
Isolados em casa, sem poder ir à escola, alunos da rede estadual estão tendo que aprender uma nova forma de manter os estudos em dia durante a quarentena. As atividades continuam chegando, agora via Internet.
Neste cenário, o professor de química orgânica, Marcílio Farias, da cidade de Esperantina, localizada ao norte do estado, está realizando aulas on-line de química orgânica através de transmissão ao vivo no Facebook e Instagram. A medida tem como objetivo dar continuidade às atividades escolares em meio à pandemia do novo coronavírus.
Marcílio Farias é supervisor municipal e professor de química das escolas estaduais. "Antes do isolamento já tínhamos grupos de estudos pelo WhatsApp das escolas que leciono em Esperantina, em média são 500 alunos. Trabalhávamos matérias, listas de exercícios, vídeos, aulas em PDF e PowerPoint. Eu sempre vinha mandando esses matérias nos grupos e durante algumas horas e dias da semana específico eu marcava fóruns para tirar dúvidas", afirmou o professor.
Marcílio falou ainda que quando surgiu o isolamento total ele aproveitou os grupos de WhatsApp que já tinha e bolou aulas do curso de química orgânica. "A primeira experiência aconteceu nessa terça feira e funcionou muito bem, tivemos a participação de 70% dos alunos interagindo on-line durante 2 horas de aula. A intenção é realizar as aulas enquanto durar o isolamento, vamos realizar toda terça e quinta feira. Sempre mando o material antecipado para irem se apropriando. Vejo isso como uma prática muito positiva".
Pais elogiam a iniciativa e não veem outro jeito que não este para que os filhos não percam totalmente o ritmo de estudos até a situação voltar ao normal.
Iniciativas como a do professor Marcílio não param por aí. Na cidade de Batalha a educadora, Selma Ramos, que leciona a disciplina de história, na escola Dirceu Arcoverde, jurisdicionado à 2 GRE, está realizando aulas através de um grupo de WhatsApp para cada turma que trabalha. Lá envia vídeos com matérias que estavam trabalhando em sala de aula.
"Amo o que faço e quando fiz o juramento em cumprir com meu papel como educadora, isso não foi em vão. É em momentos assim que realmente sentimos a necessidade de agir e não deixar que os alunos fiquem dispersos sem norte algum. A ideia foi alimentada pela necessidade de não deixar os alunos sem nada pra fazer e de uma maneira virtual e interativa fazer com que eles tivessem acesso aos conteúdos, sem que perdessem por total esses dias sem aula. Infelizmente nem todos possuem WhatsApp mas os que têm, fazem parte dos grupos e assistem as videoaulas que repasso a eles. Sigo vários canais no YouTube e dessa forma eles também estão seguindo, canais educativos e interativos", finaliza a professora.
