Escola da Terra realiza formação para professores

 

Cerca de 200 professores participaram de formação na manhã desta segunda 28, para atuarem no Programa Escola da Terra. O programa é realizado em parceria entre a Universidade Federal do Piauí -UFPI, Ministério da Educação - MEC, Secretaria de Estado da Educação - Seduc e Secretarias Municipais de Educação. O evento aconteceu no Auditório do Atlantic City Club em Teresina.

 

Ao todo, profissionais de 6 municípios piauienses que operam no campo, participaram da formação continuada de professores da escola da terra. Além da conclusão do curso, o evento serviu também como prestação de contas para com o MEC.

 

O programa "Escola da Terra" tem o objetivo de promover a melhoria das condições de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas em suas comunidades, por meio do apoio à formação de professores que atuam nas turmas dos anos iniciais do ensino fundamental, compostas por estudantes de variadas idades, e em escolas de comunidades quilombolas, fortalecendo a escola como espaço de vivência social e cultural. 

 

Para o Superintendente de Ensino da Seduc Carlos Alberto Pereira, o evento promove a formação continuada de professores do campo de acordo com as necessidades específicas de cada escola. "É a Fixação do homem na terra com a formação correta para que se fixe o cidadão no campo", disse o superintendente.

 

A ação oferece recursos como: livros do PNLD Campo e Kit pedagógico que atendam às especificidades formativas das populações do campo e quilombolas,  apoiar técnica e financeiramente aos estados, Distrito Federal e municípios para a ampliação e a qualificação da oferta de educação básica às populações do campo e quilombolas em seus respectivos sistemas de ensino.



O programa 

O Escola da Terra compreende quatro ações: formação continuada e acompanhada professores que trabalham com estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental em escolas multisseriadas no campo e em escolas quilombolas, além dos assessores pedagógicos que terão a função de tutores; oferta de materiais didáticos e pedagógicos; monitoramento e avaliação; gestão, controle e mobilização social.

 

Educadores e tutores terão curso de aperfeiçoamento com carga horária mínima de 180 horas. A formação terá dois períodos - a frequência no curso denominada tempo-universidade e outro para as atividades realizadas em serviço (escola-comunidade) que será acompanhada por tutores. A qualificação dos docentes será de responsabilidade das instituições públicas de ensino superior que aderirem ao programa.

 

A produção e oferta dos materiais didáticos e pedagógicos são de responsabilidade do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). São jogos, mapas, recursos para alfabetização, letramento e matemática. Já o coordenador estadual e o tutor que acompanham e orientam os educadores durante sua formação serão remunerados com bolsas a serem pagas pelo FNDE.


Para aderir, o gestor precisa entrar na página eletrônica do Sistema de Informações Integradas de Planejamento, Orçamento e Finanças do MEC (Simec) e informar seu CPF e senha. Dentro do Simec, acessa o Plano de Ações Articuladas (PAR) e o programa Escola da Terra. De acordo com Antônio Lídio Zambom, coordenador geral de políticas de educação no campo da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), nesta etapa do processo, o gestor informa apenas o número de escolas multisseriadas e quilombolas de sua rede e o número de professores.