Salas de acolhimento são essenciais para mães concluírem o Projovem Urbano




Em torno de 200 alunos do Projovem do polo de Parnaíba foram certificados no último sábado (03). A solenidade contou com a presença do coordenador estadual do programa Allan Kardec, familiares dos formandos, professores e formadores do programa.

O Projovem Urbano atende jovens de 18 a 29 anos que saibam ler e escrever, mas ainda não concluíram a 8ª série. Além do certificado da 8ª série, o curso oferece também o certificado de qualificação profissional em administração. Além disso, os alunos que tem um bom desempenho em sala de aula e tenham frequência de 75%, recebem do governo federal um auxílio de R$100 por mês.


Sala de acolhimento 

Levar de volta para a escola jovens que não concluíram a educação básica é um desafio que o MEC e a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) estão superando cada vez mais. A estratégia implementada pelo MEC para o Projovem atende a uma demanda dos jovens que queriam retomar seus estudos, mas não tinham com quem deixar os filhos pequenos.

De acordo com Allan Kardec, o Projovem oferece alternativa para que as mulheres, mães de crianças de 0 a 8 anos que estavam afastadas da sala de aula, tenham a oportunidade de voltar à vida escolar.

"Em todas as escolas onde são ministradas aulas do Projovem Urbano também funciona uma sala de acolhimento para os filhos de alunos do programa que não têm com quem ficar no horário em que os pais estão na escola. As salas de acolhimento são fundamentais para a permanência dos jovens até a conclusão do curso. Elas são equipadas com colchonetes, brinquedos e livros. As crianças também são assistidas com lanche e tem o acompanhamento de pedagogas", explicou Kardec.

A aluna Jaciara Costa de 19 anos, mãe do pequeno Davi Lucas, contou que a sala de acolhimento foi fundamental para sua permanência em sala de aula. Ela retornou aos estudos e já pensa em cursar faculdade na área de informática.

A formanda Lidiane Nascimento de 22 anos, mãe da pequena Laissa Sampaio de 9 meses, disse que sem a sala de acolhimento ela não poderia ter feito o curso. 

"Sem as salas de acolhimento do Projovem Urbano seria impossível estudar, pois eu não tenho como pagar uma pessoa para cuidar dela", disse a formanda.

Lidiane pretende dar continuidade aos estudos e já está de olho na faculdade onde pretende cursar Direito.