Acesso à Educação de Jovens e Adultos muda a vida de ex-detento no Piauí

Mudar uma vida inteira por meio da educação. Foi o que aconteceu com Durvaltércio Alexandre, de 42 anos. De origem baiana, chegou ao Piauí em uma fase difícil de sua vida, se envolveu com o crime e acabou cumprindo pena no sistema prisional do Piauí.

Na Colônia Agrícola Major César Oliveira, Durvaltércio teve os primeiros contatos com a educação regular, se rendeu ao gosto pela leitura, primeiramente movido pelo desejo de ler a bíblia, mas principalmente pela vontade de vencer na vida.

Matriculado na modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA), dentro da penitenciária, ele concluiu o ensino fundamental. Hoje, fora do sistema prisional, Durvaltércio já está com a documentação em mãos para dar continuidade aos estudos no Centro De Educação de Jovens e Adultos Professora Shirley Costa E Silva (CEJA). "Foi Deus que me direcionou para os estudos dentro da prisão. Com o estudo podemos evoluir como pessoa
cheap Replica Watches e adquirir uma profissão para vencer na vida. Hoje sou uma pessoa melhor, vou dar continuidade aos estudos para concluir o ensino médio e já vou começar um curso de vigilante", disse o ex-detento.

Para a diretora da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Seduc (UEJA), Conceição Andrade, a educação deve ter com uma das suas principais finalidades a inclusão. "Desenvolvemos um trabalho árduo, porém gratificante. Proporcionamos o acesso à educação para as minorias, como detentos, comunidades de quilombo, índios, pessoas com mais de 15 anos, que ainda não concluíram o ensino regular", explicou Conceição Andrade.



Combate ao analfabetismo

Além do acesso ao ensino regular, a educação de jovens e adultos no Piauí desenvolve um papel fundamental no combate ao analfabetismo. Atualmente, o índice de analfabetismo no Estado é de 20.2%. Em consonância com o Plano Nacional de Educação, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc), trabalha com a meta de reduzir esse número e chegar ao ano de 2025 com 93.5% de piauienses, acima de 15 anos, capazes de ler e escrever. 
 
Dados da Unidade de Educação de Jovens e Adultos da Seduc (UEJA) revelam que só este ano, já foram efetuadas cerca de 50 mil matriculas nessa modalidade.