Cejas realizam aulas remotas para garantir conteúdo a alunos
Diante do atual cenário de isolamento social com o objetivo de combater o novo coronavírus, as escolas que ofertam a modalidade de Educação de Jovens e Adultos (EJA) vêm diversificando suas ações para garantir o ano letivo de seus estudantes. A medida segue as novas estratégias e diretrizes sobre o regime especial de aulas da Rede Pública Estadual de Ensino do Piauí.
As escolas têm autonomia na preparação de material específico que deve ser preparado para cada etapa e modalidade de ensino, com facilidades de execução e compartilhamento, como: videoaulas, conteúdos organizados em plataformas virtuais de ensino e aprendizagem.
Segundo a diretora da Unidade de Educação de Jovens e Adultos, Conceição Andrade, a flexibilização da plataforma atende às realidades específicas dos alunos.
"Sabemos que é um momento novo e o fazer aprendendo é um desafio que estamos conseguindo superar. Nessas aulas não presenciais é o professor que comanda o aprendizado do aluno, não os substitui, e sim garante que os mesmos não sejam prejudicados com esse distanciamento. Temos belos exemplos já por nosso Piauí da força de vontade e determinação dos nossos professores e alunos nessa batalha", afirma Conceição Andrade.
O CEJA Angelina de Moura Leal, localizado em Teresina, adotou o WhatsApp como plataforma inicial e principal, tanto para uma comunicação direta com os estudantes, como para a troca de informações, material didático e atividades entre professores e alunos, como explica a diretora da escola, Leila Matos.
"Optamos pelo uso deste aplicativo de trocas de mensagens e arquivos por se tratar de um serviço digital popular e acessível, visto que muitos dos nossos alunos só possuem pacotes de internet para este aplicativo. Por ele, também informamos os links do Canal Educação, bem como as aulas em TV aberta", disse.
Sobre o alcance que esta forma de aula remota tem atingido com os discentes, a diretora relata que a adesão está extremamente satisfatória.
"Tanto alunos, quanto professores, vêm tendo um bom proveito com esta experiência. Sabemos que é uma medida paliativa e excepcional, tendo em vista a particularidade do momento, mas considerando esta primeira semana, o empenho, a colaboração e aceitação de todos os envolvidos têm nos dado um resultado melhor que o esperado", esclarece Leila Matos.
Outra escola que também adotou a plataforma de mensagens foi o CEJA Nogueira Tapety, localizado na cidade de Oeiras, para execução do plano de ação com os professores desenvolvendo atividades por turmas, como explica o diretor, Antonio Julimar. Criamos o grupo do whatsapp por turma, pois facilita o acompanhamento e monitoramento de nossos alunos e o professor desenvolve suas atividades pedagógicas de acordo com o plano de ação colocado no grupo dos alunos", afirmou.
Para ampliar as ações, o Ceja prepara um material para os alunos que estão sem acesso às redes sociais para ser entregue. "Esse material, estamos preparando para que eles estudem em casa e a cada semana iremos montar o material e eles irão pegar na escola onde faremos uma organização para que eles peguem o material sem haver aglomerações", destaca Antonio Julimar.
O CEJA Maria Rodrigues das Mercedes vem marcando suas atividades também pela solidariedade. A diretora Raimunda Soares explica que a escola adotou para aulas remotas as plataformas Google classroom e os grupos de Whatsapp formados por alunos, professores, direção e coordenação pedagógica.
"Os alunos da III etapa tem mais dificuldade pois estão na fase de alfabetização, porém estamos fotocopiando as atividades e enviando vídeos, áudios. Alguns têm dificuldade por conta do plano de internet cobrir apenas as redes sociais: como Whatsapp, por isso que também postamos os conteúdos nos grupos e isto permitiu o maior interesse deles nas atividades", explica a diretora.
Atualizando suas atividades para os assuntos em maior debate no momento, a escola já até recebeu pedidos de matrícula. "Também estamos planejando fazer um projeto envolvendo a questão da Covid-19 com todas as disciplinas. Os alunos da EJA gostaram muito, tem até aluno querendo fazer matrícula, voltar a estudar nessa quarentena", pontua.
