Escolas criam estratégias para alunos sem acesso à internet





O coronavírus quebrou o modelo tradicional de ensino na educação que perdurava há anos, o presencial. As escolas estão criando estratégias através do uso das tecnologias para que a aprendizagem continue acontecendo, mesmo que a distância. No entanto, nem todos os estudantes têm acesso a computadores e à internet. Pensando nisso, a Secretaria de Estado da Educação (Seduc) vem adotando uma série de medidas, para que os estudantes passem por esse momento com tranquilidade, já que não dispõem de recursos tecnológicos para acompanhar as aulas remotas.



Uma das alternativas que as escolas vem  adotando é a ligação telefônica. Os professores ligam para os alunos que não têm acesso à internet, orientando, indicando o material, questões e orientando o estudo olhando o livro. 

Outras unidades de ensino têm adotado a entrega de apostilas semanais com atividades preparadas pelo professor, aos alunos, pais ou responsáveis, em datas e horários agendados, com um prazo para a entrega na escola e com a complementação de disparos de mensagens em SMS.


Algumas unidades também estão disponibilizando computadores e fazendo a impressão das atividades. 

Um dos exemplos é a Escola Família Agrícola Montes Claros, localizada em Aroazes, que vem adotando uma série de alternativas para os alunos que não têm acesso à internet. 


"O desafio é grande, mas é uma oportunidade para alunos e professores desenvolverem novas habilidades. Sabemos que este período contribuirá para o desenvolvimento da comunidade escolar", relata a diretora, Francisca Maria da Silva.

A diretora falou ainda que quando foi informada do isolamento, convocou toda equipe gestora para reunião de planejamento. "Criamos grupos com cada turma para aqueles alunos que tem acesso à internet, falamos sobre a importância de preparar os conteúdos e fizemos uma força tarefa. Pensamos também nos alunos sem internet e, para eles, confeccionamos materiais por meio apostilas.  Além disso, montamos uma equipe de entrega para que o material chegue até a casa deles. Orientações também estão sendo feitas por ligações telefônicas, no qual o professor tira dúvidas", explica Francisca. 


Para o aluno João Osvaldo, a escola vem contribuído muito para aliviar as angústias que esse momento tem causado. "É muito bom ver a preocupação da escola em buscar meios para que a gente continue estudando. A escola mostra que está sempre perto da gente, mesmo quando estamos em casa. Me sinto motivado a não desistir", disse entusiasmado o aluno.