Alunos visitam Memorial Esperança Garcia



Na última sexta-feira, 22 o CETI Pequena Rubim, realizou a culminância do projeto A Educação não tem cor: Menos preconceito mais amor. Cerca de 95 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental visitaram o Memorial Esperança Garcia, onde puderam apreciar a riqueza cultural do espaço.


Durante a visita eles puderam assistir palestras, e explorar o espaço visitando as exposições Os rostos de Esperança Garcia e Xirê dos Orixás.

O Pequena Rubim desenvolve o projeto desde 2013 com professora Adriana Barros, com o objetivo principal de trazer à tona a discussão sobre a educação voltada para a importância do negro para a constituição da identidade da nação brasileira e, principalmente, para o respeito à diversidade humana e a abominação do racismo e preconceito.


Diversas atividades foram propostas pelo projeto em 2019, especialmente em novembro, mês da consciência negra, que teve como tema norteador Palavras de Esperança. Os alunos fizeram uma imersão no universo de Esperança Garcia, a escrava que ousou denunciar os maus-tratos que vivia em 1770 ao governador da Província.

A carta de Esperança Garcia é considerada a primeira petição escrita por uma mulher na história do Piauí, o que a torna uma precursora da advocacia no estado. Também é um documento importante nas origens da Literatura afro - brasileira.


Sobre o Memorial Esperança Garcia

O Memorial Zumbi dos Palmares, hoje conhecido como Esperança Garcia, foi inaugurado no dia 25 de julho de 2007. A antiga Unidade Escolar Domingos Jorge Velho, pertencente na época à Secretaria de Educação do Estado, foi totalmente restaurada, com o objetivo de ser um espaço de divulgação e difusão da cultura negra. Hoje é coordenado pela Secretaria Estadual de Cultura (Secult) e pelo Conselho Administrativo do Memorial, formado por entidades do movimento negro, organizações governamentais e sociedade civil.

O novo nome do espaço faz homenagem à Esperança Garcia, escrava piauiense que viveu na região de Oeiras no século XVIII. Aprendeu a ler e a escrever com os padres jesuítas e escreveu uma carta ao governador da província denunciando os maus tratos que sofria. Na entrada do memorial, a imagem de Esperança Garcia foi grafitada junto com o texto da sua carta original. A obra custou R$ 104 mil do tesouro estadual e foi feita sob os cuidados da equipe da Coordenação de Registro e Conservação da Secult.