Projeto incentiva alunos a manipular cascas de frutas
Com o objetivo de incentivar o aproveitamento de cascas, sementes e talos dos alimentos, reduzindo a produção de lixo e o desperdício, o CETI Professor Joca Vieira desenvolveu através da disciplina de Biologia o projeto Menos desperdício mais saúde.
De acordo com o diretor da unidade, Ferdinan Francisco, a ação tem o objetivo de incentivar os alunos a manipular cascas de frutas na confecção de bolos, tortas, doces, salgados e sucos, além de demonstrar os valores calóricos e as proteínas contidas nas cascas.
"Hoje estamos atendendo 45 alunos do 2º ano do Ensino Médio. Eles estão muito empolgados com a iniciativa. Entre os produtos que pesquisamos estão as cascas da banana, abóbora, maracujá e vários outros que inspiraram a criação de deliciosas receitas", afirma o diretor.
A professora de biologia, Yarla Queiroz, relata que são receitas feitas a partir de ingredientes acessíveis a todos e o resultado é bem saboroso. "Nosso projeto nasceu de uma aula sobre o desperdício de alimentos nos lares brasileiros e o desenvolvemos pensando no ranking que o Brasil se apresenta em questão de desperdício de alimentos. Como o nosso país está entre os dez que mais desperdiçam alimentos no mundo e 35% da produção agrícola acaba indo para o lixo, o que daria para alimentar mais de dez milhões de pessoas, buscamos desenvolver receitas feitas com casca de frutas", contou.
A partir de atividades de pesquisa, os alunos selecionaram e organizaram receitas com alimentos que seriam descartados. A partir desse trabalho de pesquisa e com dicas de alimentação saudável, os alunos testam, informando aos colegas o valor calórico e nutricional. A culminância do projeto está prevista para acontecer no final do ano, com a confecção de um livro contendo as receitas trabalhadas.
A professora Yarla também fala sobre os benefícios do projeto. "Foi possível perceber que usando a criatividade, os alimentos podem ser utilizados de maneira integral, proporcionando refeições saborosas, simples e mais nutritivas. Esperamos que o nosso colégio, outras escolas e a comunidade também possam abraçar estes novos hábitos", declara.
