Seduc inicia Rede Permanente para prevenir conflito escolar


"Depois que começou o trabalho de acompanhamento psicológico e com assistente social pelo Núcleo de Atenção Psicossocial (NUAPSI) da Seduc, os problemas em 23 escolas da 19ª Gerência Regional de Educação (GRE) reduziram para quatro e apenas com conflitos internos", diz a professora Marlene Lima, gerente da 19ª GRE, otimista com os próximos dias de formação. Isso porque mais de 70 profissionais da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) que atuam em todo o estado estão reunidos até sexta-feira (09), no Tribunal de Contas do Estado (TCE), para darem início à criação da Rede Permanente de Mediação do Clima Escolar a fim de eliminar problemas relacionados a bullying e violência, dentre outros aspectos relacionados ao emocional do estudante.




A Unidade de Gestão e Inspeção Escolar (UGIE) da Seduc reuniu os psicólogos, assistentes sociais, técnicos e os gerentes da Gerências Regionais de Educação (GREs) para o encontro que tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Piauí (UFPI) pelo Núcleo PSIQUED, além dos dados e sistema Mobieduca.me, já utilizado pela secretaria para monitorar a frequência e desempenho dos alunos para dar suporte às escolas e articular uma rede protetiva em cada município. 




Após a 1ª etapa desse trabalho de formação com as equipes regionais de educação, a Rede Permanente de Mediação do Clima Escolar desenvolverá trabalhos voltados ao acompanhamento de todas as escolas do Piauí para assegurar que alunos e profissionais tenham um clima escolar agradável e sadio. "A intenção da secretaria é estruturar um núcleo em cada gerência regional que coordene a Rede de Mediação de conflitos nas escolas e que seja referência para todas as situações de vulnerabilidade ligadas a violência e o bullying", explica a diretora da UGIE, Ana Rejane Barros.




Durante a abertura, na manhã desta quarta-feira (07), a gestora Jakeline Marinho Soares falou sobre as estratégias exitosas na mediação de conflitos em um relato da experiência na Unidade Escolar Antonio Deromi. Amanhã, na quinta-feira (08), o professor doutor Fauston Negreiros, do Núcleo PSIQUED, vai falar sobre a Violência Escolar e suas diversas formas de manifestações. Também serão desenvolvidas oficinas que vão tratar desde a Mediação de Conflitos, Como Intervir em uma Ideação Suicida até chegar a Valorização da Vida.


"Vamos trabalhar sobre autolesão, ideação suicida. Estaremos organizando e divulgando a central de monitoramento e enfrentamento às situações de violência", explica a professora Ana Rejane Barros, que entende a necessidade de profissionais de psicologia para complementar as equipes. A Seduc vai publicar um edital de seleção de psicólogos para as gerências.


A psicóloga Hanna Sousa, da 20ª GRE, durante o trabalho presenciou casos chocantes nas escolas na zona leste de Teresina, por isso compreende o grande passo que a Seduc dá ao reunir esses profissionais para compartilhamento de experiências. "Quando nos reunimos e mostramos nosso trabalho, conseguimos mostrar a importância de ter uma equipe multiprofissional nas gerências regionais de educação e nas escolas", relata a psicóloga. 




O Centro Estadual de Tempo Integral (Ceti) Padre Joaquim Neto, na zona sul de Teresina, já conquistou até um prêmio pelas boas práticas em direção à paz. "Conseguimos reduzir os casos de bullying e com isso melhorar a aprendizagem e o clima escolar. Percebemos também que os alunos e servidores estão mais felizes", finaliza a professore Marlene Lima, gerente da 18ª GRE.




A partir de agora, a tendência é melhorar os índices por meio da proposta educacional elaborada em 2018 que quer disseminar uma cultura de paz por meio de uma ação mediadora. O superintendente de Educação Básica da Seduc, Carlos Alberto Pereira, frisa que "queremos reduzir os conflitos escolares de qualquer natureza da melhor forma possível para atender em tempo real a cada um deles na questão socioemocional daqueles que fazem parte das nossas escolas".