PI avança nos índices de alfabetização de jovens e adultos

O reforço nos investimentos humano e financeiro da Educação de Jovens e Adultos demonstram que é uma área prioritária para o Governo do Piauí e para a Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Uma das diversas ações é a formação dos profissionais da EJA, a exemplo capacitação realizada nesta quarta-feira (29), no Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) Arthur Furtado, localizado no Centro de Teresina.


Para a diretora do Centro de Educação de Jovens e Adultos Arthur Furtado, Lenice Ferreira, a formação pedagógica é primordial no desenvolvimento de estratégias e conteúdos adequados e atrativos a esse público de especificidades tão peculiares.





"Acredito que formações como esta sejam excelentes para auxiliar os professores a desenvolverem estratégias para facilitar a aprendizagem  dos jovens e adultos, principalmente nos casos das comunidades terapêuticas, que têm um público diferenciado", afirma a diretora.


Além de trabalhar com a Busca Ativa para garantir o retorno deste público à sala de aula, a Seduc tem investido na formação dos profissionais que atendem esta modalidade. Em consequência de medidas como essas, nos últimos dois anos o analfabetismo caiu de 20,2% para 16,6% em todo o Piauí. 


Para valorizar ainda mais a Educação de Jovens e Adultos, na recente reforma administrativa implementada pelo governador Wellington Dias foi criada a superintendência Educação de Jovens e Adultos e Educação Técnica Profissional, dentro da Seduc. O superintendente José Barros Sobrinho enfatiza a importância dessa modalidade na vida das pessoas. 


"O bom resultado na queda do analfabetismo é compartilhado por uma gestão que tem priorizado projetos que possam reinserir essas pessoas de volta a uma rotina de estudos. Além de elevar a escolaridade, temos como missão garantir matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional, a exemplo do Programa de Certificação Profissional do Piauí, o Certific-PI", destaca o superintendente. 


Até o ano de 2015, mais de um milhão de jovens e adultos estavam fora do sistema educacional, realidade esta transformada nos últimos anos incluindo uma média de 100 mil matrículas anuais, 25 mil só na alfabetização. Com esse avanço na educação, a meta do governador é atingir Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0.70 nos próximos anos. 


"Vamos trabalhar para aumentar os anos de estudo e capacitar esse público para o mercado de trabalho, fim de que haja uma mudança não só educativa, mas da condição social, garantindo espaço na sociedade as pessoas que estavam fora do sistema educacional. Hoje a EJA deixou de ser uma modalidade para buscar certificado e passou a ser uma oportunidade, a exemplo temos aprovados em Direito, Medicina, Engenharia e ótimos resultados em olimpíadas como a Obmep", comemora José Barros. 


O Piauí ainda encontra-se bem à frente de outros estados no quesito de complementação de recursos para a educação de jovens e adultos. O Governo Federal deixa de financiar essa área quando a demanda ultrapassa 15% dos recursos do Fundeb. O Governo do Piauí complementa essa diferença para garantir a qualidade do ensino. 


"Continuar esse trabalho fazendo esse casamento da educação profissional e de jovens e adultos é fundamental para que o jovem acredite que através da educação ele poderá, sendo  inserido no sistema, ter uma profissão e ser reconhecido pelo valor da educação", completa José Barros.


Parceria com as comunidades terapêuticas  

 

A Seduc realizou em março a abertura do ano letivo nas comunidades terapêuticas com cerca de 270 alunos matriculados em 9 comunidades conveniadas para iniciar ou dar continuidade aos estudos. A modalidade EJA é ofertada nas localidades onde estão presentes as comunidades terapêuticas devidamente indicadas, nos municípios de Floriano, Piripiri, São João do Piauí e Teresina.

 

As atividades serão ofertadas nas modalidades de Alfabetização, Ensino Fundamental, anos iniciais e anos finais, e Ensino Médio promovidas em parceria com a Coordenadoria de Enfrentamento às Drogas (Cendrogas) e as instituições que coordenam as comunidades terapêuticas.