Rejane Dias define como histórica a apresentação da proposta da Base Nacional Comum Curricular




A secretária da Educação, Rejane Dias, definiu como um momento histórico e um avanço na estruturação da aprendizagem brasileira a segunda versão da proposta de direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, que configura a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O evento de lançamento ocorreu no auditório do Conselho Nacional de Educação (CNE), em Brasília.

"Cerca de 98% dos professores apoiam a reforma na educação", afirma a secretária Rejane Dias, destacando que as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais poderão inserir nos currículos dos alunos a cultura local e a Base Comum vai ser igual para todo o Brasil. Entretanto, Rejane lembra da importância dos espaços para a "base diferenciada", que são os conteúdos definidos pelas escolas e redes, de acordo com as particularidades de suas regiões.

A secretária lembra ainda que o Brasil hoje não tem currículos nacionais. "Temos diretrizes curriculares. O que falta é uma coisa mais objetiva e concreta, com mais conteúdo. Essa base define o conteúdo de trabalho pedagógico. Quando isso se somar com a parte diversificada, que será elaborada nos Estados, os professores terão na mão um referencial para construir o currículo escolar", afirma a secretária.

Segundo Rejane Dias, o próximo passo será realizar um seminário no Estado, em parceria com as universidades e municípios, a fim de aprimorar o documento, que depois será entregue para o CNE.

Em seguida, o CNE terá um período de dois meses para fazer a revisão final do documento, com base nas últimas discussões que surgirem nas conferências estaduais, a fim de fazer a versão final.

A diretora de Ensino e Aprendizagem da Seduc, Rizalva Cardoso, adianta que o Piauí vai realizar o seminário no início de junho, pois o Estado terá até o dia 15 de junho para entregar a sua versão final.

"A Seduc já articulou com a Universidade de Brasília (UNB), que é quem vai financiar o evento, e certificar os participantes. Serão 250 vagas para o Piauí e virão representantes que fazem parte da discussão nacional, além dos componentes piauienses integrantes da base desde julho de 2015", destaca.

Nova versão - A Base Nacional Comum está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE), que entrou em vigor em 2014. É ela quem define quais os objetivos de aprendizagem a serem considerados pelos professores e coordenadores na hora de elaborar o projeto pedagógico da escola e o currículo das aulas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.

O documento recebeu sugestões e contribuições da sociedade durante a sua elaboração. No ar desde 15 de setembro de 2015, o portal da Base recebeu contribuições de professores, estudantes, pais, organizações da sociedade civil, pesquisadores e escolas públicas e privadas.