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CEJAs do Estado são reestruturados
A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) está promovendo a reestruturação dos Centros de Ensino de Jovens e Adultos (CEJAs) de todo o Estado. Os Centros, que atendiam na forma semipresencial, agora terão turmas com horários definidos para os alunos matriculados na forma de atendimento presencial.
"A forma de atendimento semipresencial não possui amparo legal e por isso não podíamos mais emitir certificação dos alunos que frequentavam esses centros. Por isso, após discussões e conversas com os diretores, coordenadores pedagógicos e professores dos CEJAs, terminamos a proposta de reestruturação, que deve ser implantada já a partir da segunda semana de agosto", explica Conceição Andrade, diretora da Unidade de Jovens e Adultos (Ueja) da Seduc.
Uma das garantias da diretora é que não haverá fechamento de escolas. Ela também explica que a nova estrutura trabalhará com flexibilização de horários. "Fizemos essa proposta pensando, primeiramente, nos alunos. Não haverá prejuízo nenhum para os que não puderem frequentar um turno completo, pois haverá a flexibilização", diz Conceição.
De acordo com a proposta para funcionamento, os Centros deverão ofertar todas as disciplinas em turnos e horários definidos pela própria escola e os alunos poderão se matricular nas que estiverem de acordo com seu horário disponível. O estudante matriculado em um dos 26 Centros do Estado poderá escolher, dentre as disciplinas ofertadas, aquelas que mais se adequem ao seu horário disponível. "Claro que, quanto mais disciplinas o aluno pegar, mais rapidamente ele terminará a etapa em que está matriculado", diz Liana Lima Verde, técnica da Seduc, ressaltando que a carga horária obrigatória por disciplina deve ser atingida plenamente para que haja a certificação ao final do curso, respeitando o prazo mínimo de 2 anos para o Ensino Fundamental e um ano e meio para o Ensino Médio.
Além da adequação à Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, uma das principais razões dessa reestruturação é a possibilidade de incluir esses alunos dos CEJAs nas políticas públicas de financiamento para merenda escolar, transporte escolar e livro didático, que até então eram custeadas pelo tesouro estadual.
"Adequando essa forma de atendimento, poderemos incluir esses alunos, que até então eram invisíveis para o Ministério da Educação, no Censo Escolar. Com essa inclusão, o Estado deve receber mais subsídios para que possamos investir mais ainda na qualidade do ensino do Piauí", finaliza Conceição Andrade.