Estudantes da rede estadual do Piauí já leram mais de 8 mil livros digitais nos primeiros meses de uso de uma plataforma lançada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). A ferramenta faz parte do Clube de Leitura Seduc e está disponível em 466 escolas, alcançando cerca de 70 mil alunos.

O recurso reúne um acervo variado, com obras clássicas e contemporâneas, permitindo que professores e estudantes tenham acesso remoto, gratuito e ilimitado. O ambiente virtual já soma mais de 1.200 horas de leitura registradas e vem ampliando o contato dos jovens com a literatura.

A iniciativa integra a política de universalização das Escolas de Tempo Integral no Piauí. A proposta é tornar a leitura parte da rotina escolar, estimulando o interesse dos alunos e reforçando práticas de incentivo já desenvolvidas em sala de aula. Em Piripiri, no Ceti Professora Neném Cavalcante, o recurso inspirou a realização de um sarau literário, onde estudantes apresentaram textos de autores como Luís de Camões, Machado de Assis e Carlos Drummond de Andrade.

Para muitos, a novidade representa a oportunidade de expandir o repertório. A estudante Maria Alves Lima da Silva, da 3ª série do Ensino Médio do Ceti, disse que encontrou livros que marcaram sua formação. “São diversas temáticas e o acesso é maravilhoso, uma oportunidade de expandir o conhecimento. O meu livro preferido é O Diário de Anne Frank e recomendo a todos”, contou.

Já Maria Eduarda Sousa Silva, da 1ª série do Ensino Médio, destacou como o recurso ajuda na aprendizagem. “A plataforma ajuda a enriquecer meu vocabulário, conhecer mais palavras e seus significados”, afirmou.

O Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, avalia que o investimento é parte de uma política mais ampla. “A leitura transforma vidas e é um pilar da nossa política educacional. Queremos que cada aluno encontre no livro a chance de expandir conhecimentos, desenvolver competências e se preparar para o futuro. Com essa plataforma, somada às ações do Clube de Leitura, estamos dando mais um passo para fortalecer o aprendizado e formar leitores críticos e protagonistas”, afirmou.

A Seduc reforça que o recurso não substitui as bibliotecas físicas, mas funciona como um complemento, democratizando o acesso à leitura e ampliando as possibilidades de aprendizado.