A merendeira Josefa Arlete, do CETI Alencar Mota, em Alagoinha do Piauí, voltou para casa com mais do que novas técnicas. “Já consigo identificar mudanças que quero aplicar no dia a dia com alguns procedimentos. Isso me dá mais segurança no trabalho e a certeza de que estou oferecendo uma alimentação de qualidade para os alunos”, disse, depois de participar da capacitação promovida pela Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc).

Assim como Josefa, mais de 400 merendeiras da rede estadual participaram das formações organizadas pelas Gerências Regionais de Educação (GREs), com o objetivo de garantir refeições saudáveis e seguras aos estudantes, especialmente nas Escolas de Tempo Integral, onde os estudantes permanecem por até oito horas por dia e recebem três refeições diárias: lanche da manhã, almoço e lanche da tarde.

A ação faz parte de um conjunto de medidas da Seduc para fortalecer a política de Tempo Integral e assegurar uma alimentação cada vez mais saudável nas escolas. Só em 2024, a Secretaria investiu mais de R$ 17 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar, ultrapassando com folga os 30% exigidos pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Os cardápios priorizam alimentos frescos, regionais e nutritivos, com redução do uso de ultraprocessados.

Durante a formação, as profissionais receberam orientações sobre boas práticas de manipulação de alimentos, higienização de utensílios e ambientes, uso correto de equipamentos de proteção, além de como lidar com alunos com restrições ou seletividade alimentar. Também foram discutidas formas de acolhimento e relacionamento com os estudantes, considerando o papel humanizado das merendeiras no cotidiano escolar.

A formação foi conduzida pelos nutricionistas das Gerências Regionais que também acompanharão presencialmente a rotina das cozinhas nas escolas, reforçando as boas práticas e oferecendo suporte técnico. “O objetivo é garantir que tudo o que foi orientado esteja sendo aplicado na prática. Essa presença técnica também valoriza o trabalho das merendeiras, que é essencial para a escola funcionar bem”, destacou o nutricionista Fellipe Oliveira, que realizou a formação na 16ª GRE. 

Para o Secretário de Estado da Educação, Washington Bandeira, as merendeiras são parte fundamental da engrenagem que sustenta a Educação em Tempo Integral. “Elas acolhem, cuidam e contribuem para o bom funcionamento das escolas. Capacitar e valorizar essas profissionais vai muito além do prato servido, isso é parte do processo de aprendizado e um sinal claro de cuidado com cada estudante”, ressalta o Secretário.