Seminário de Aprendizagem Ubíqua discute a educação onipresente para os estudantes

“É um prazer imenso recebê-los aqui. Esse projeto foi criado em 2020 e em 2021 suas ferramentas foram desenvolvidas. Agora, nesse ano de 2022, nós executamos o seu piloto. Conversaremos hoje com todo esse público conectado por diversas partes do Brasil, sobre a aprendizagem ubíqua na educação formal, então sejam todos bem vindos e eu espero que possamos tirar bom proveito deste evento", declarou o presidente do Instituto Ubíqua e coordenador do projeto Educar Nestante, Jessé Barbosa, durante o seu discurso na solenidade de abertura do Seminário de Aprendizagem Ubíqua (SAU), realizado na manhã da quinta-feira (01) no auditório da Agência de Tecnologia da Informação.


Realizado pelo Instituto Ubíqua, em parceria com a Brücke Le Pont e Swiss Solidarity da Suíça, e com o apoio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) e da Fundação Dom Edilberto Dinkelborg, o Seminário de Aprendizagem Ubíqua é um evento para reflexão sobre a aprendizagem ubíqua na educação formal e apresentação da metodologia dos Ciclos de Aprendizagem Ubíqua e da plataforma web Educar Nestante, adotados em escolas públicas do Semiárido piauiense. O projeto tem como objetivo promover uma discussão ampliada, com a participação de diferentes atores, para a construção e aprofundamento dos conhecimentos sobre aprendizagem ubíqua e sua apropriação na educação formal.


“É uma agenda muito importante para discutir a educação nos moldes em que nós estamos agora traçando, é um momento novo e nós precisamos mesmo tirar a poeira e começar a discutir novidades para os nossos estudantes porque precisamos pensar sempre no melhor para eles. Discutir ubiquidade nesse cenário em que estamos vivendo o protagonismo dos estudantes e a implementação do Novo Ensino Médio, é essencial para que tornemos a educação realmente muito ativa”, afirma Viviane Holanda, diretora da Unidade de Mediação Tecnológica da Seduc.


O seminário é destinado para professores da Rede Estadual de Educação, equipes e alunos das escolas que participaram do projeto Educar Nestante, professores, tutores e coordenação de projeto das organizações membros da Rede Ponte, Membros do Coletivo de Comunicação Cidadã, convidados de outros países e membros dos programas da Brücke Le Pont da Suíça. O evento também foi transmitido no formato on-line por meio do Canal Educação e pelo Zoom Meet do Instituto Ubíqua.


A diretora da Unidade de Ensino e Aprendizagem da Seduc, Maria José Mendes Neta, acredita que essa parceria está colaborando para contribuir com o fortalecimento da aprendizagem dos estudantes. “Hoje a Seduc está em desdobramento nessa parceria, apoiando esse seminário. A aprendizagem ubíqua é algo novo que chegou e é importante principalmente para o protagonismo dos nossos estudantes, para o fortalecimento de boas e novas práticas e, mais do que isso, é importante entender que essas metodologias, esses projetos, essas parcerias contribuem muito para a Secretaria de Estado. Enfatizamos também que nessa parceria temos hoje um propósito de estar avançando no sentido de que nessa nova incrementação do Novo Ensino Médio, trataremos de que maneira a aprendizagem ubíqua e todos esses parceiros possam estar contribuindo para agir no fortalecimento da aprendizagem dos nossos estudantes”, explica.


Em sua programação, o encontro contou com a palestra "Que Ser Humano Emerge das Mídias Sociais Digitais”, ministrada por Ana Cristina Suzina, professora do Instituto de Mídia e Indústrias Criativas da Universidade de Loughborough, em Londres (Inglaterra), que na ocasião, trouxe através de dados, a reflexão sobre o uso das mídias sociais e digitais para a construção da relação com o mundo.


“Dos 214,7 milhões de habitantes do Brasil, 99,1% são proprietários de smartphones, principal dispositivo utilizado para navegar na internet. Essas crianças, jovens e demais público em geral, passam em média 10 horas por dia navegando na internet. O aluno ubíquo ganhou, através das mídias sociais, a possibilidade de se comunicar facilmente com outras pessoas em qualquer lugar, em qualquer momento e por qualquer meio, apenas com um toque, pontua a professora.


Em seguida foi realizada uma mesa redonda com o tema a “Aprendizagem ubíqua, conceitos e práticas. O exemplo do Educar Nestante”, trazendo como convidados, Graciele Barroso, professora e coordenadora Pedagógica do projeto Educar Nestante; Jessé Barbosa, presidente do Instituto Ubíqua; e Fábio Medeiros, professor da Rede Pública Estadual e membro da Equipe do Educar Nestante. O momento tratou como foco a experiência do Educar Nestante e dos ciclos de aprendizagem ubíqua; possibilidades, vantagens e desafios para a educação no tempo atual.


O seminário foi encerrado com uma mesa de debate sobre “A aprendizagem ubíqua na educação formal”, com a participação de Nádia Nogueira, gestora da Coordenação de Tecnologia Educacional (CTE) do Centro de Educação Aberta e a Distância (CEAD/UFPI); Mazé Mendes, diretora da Unidade de Ensino e Aprendizagem da SEDUC; Geórgia Cruz, professora da Universidade Federal do Ceará e do Laboratório de Pesquisa da Relação Infância, Juventude e Mídia (LabGrim) e Viviane Holanda, diretora da Unidade de Mediação Tecnológica do Canal Educação. A ocasião abordou sobre o desenvolvimento de metodologias ativas que possibilitem a apropriação do conhecimento pelo aluno, tarefa imprescindível da escola.


Educar Nestante

O Educar Nestante é uma plataforma para cursos profissionalizantes, cursos livres e ensino formal baseada nos ciclos de Aprendizagem Ubíqua com funcionamento online e offline. Com essa educação, o aluno estuda em qualquer lugar e  em qualquer hora, sem se preocupar com a conexão com a internet e a aula presencial ou telepresencial. O encontro com o professor é dedicado para tirar dúvidas, debater e aprofundar os conhecimentos.